domingo, 6 de abril de 2014

SONHO, ENCANTO E DESEJOS.



Devaneios, loucuras;

Magias, seduções;

Flocos de algodões, mero prisma a brilhar,

 

O que outrora nem era dito e muito menos pensado.

O preto absorve e esquenta,

Não daquele jeito ardente, prazeroso;

Mas sim daquela forma que nos levam as vias de fatos.

 

Vias que não levam de fato a lugar nenhum, nem ao aconchego.

Nem a compreensão, mas a mesma sensação de frio e calor.

Calor do fino frio, gume afiado a navalhar dilacerando.

O que era alegre e charmoso, ou apenas inocente.

 

Sabe-se que irar trás o medo e o medo a insegurança;

Sabe-se que é a insegurança a mãe da incompreensão;

 

Se tudo for de “mal a pior”, é sintoma de paraplegia,

Alguém está sentado com o olhar além do horizonte;

Sem ação, ou o pior, sem a intenção de agir.

 

Não há mais nada que se possa ser feito;

Nada se pode fazer, pois a “mesmice” se instalou e dali não sai.

 

Não importa o que se faz ou deixa de fazer.

Sem formula equacional não há fatoração.

 

Quem a têm. Nunca em um dilema se encontra.

Para qual teorema não equacionar.

 

Formula que não precisa ser garimpada ou germinada na mente brilhante.

Nada de grande expoente, raio da verdade, ramo do afortuno.

 

Basta olhar dentro de vós, serdes paciente e atento que a compreenderá.

Nada pode no frio do coração; que outrora acalentou, docemente o seduziu, hoje te apavora.

 

 E embebe se, e dá, em cicuta que mata.

Não veja o avante, nem o que passou;

Ou o qual árduo foi, ou qual árduo será;

Ou mesmo que hoje seja.

 

Apenas procure na poça que a relva deixou o que de fato reflete,

O que realmente enobrece e acalenta a alma.

Não se esvai pela larga avenida que pode fazer felicidades alheias;

Apenas porque são capazes disso ou daquilo, pois muitos são capazes;

De grandes proezas, mas nunca chegam naquele restinho que sempre falta.

 

Resta nada do nada, aquele trecho que fora reluzente e chamativo;

Agora esburacado valor algum tem!

 

Portanto nada de complicar, basta deixar fluir;

Como no caudaloso e majestoso leito que sempre cumpri seu propósito;

Em rio de águas puras que regam a árvore que nunca cessa;

Ou que caia às mãos do lenhador.