Eutanásia
“Não Matarás.” (Êxodo 20:13)
Hoje em dia essa palavra vira e mexe
surge nos meios de comunicações, trás em pauta uma procedência para
sua discussão, mas afinal o que é isso?
O termo eutanásia é usado para explicar
o ato de colocar fim a vida de uma pessoa terminal, com uma doença sem
possibilidades de cura e geralmente incapacitante, que causa dores e
sofrimentos, e isso ocorre geralmente assistida por profissionais de saúde. Ou
seja, uma forma de abreviar a vida e por fim ao sofrimento do paciente, isso
geralmente é feito com consentimento da vitima.
Isso causa enormes debates nas
sociedades, as religiões a combate vilmente e as repele com argumento de que a
vida é sagrada, então ao Criador cabe tirá-la; no campo do direito
principalmente no Brasil ela vista como homicídio e como tal as pessoas
envolvidas são julgadas e condenadas, pois não existe uma legislação
correspondente que a legaliza, no campo biomédico ela bate de frente na ética
medica, pois cabe aos médicos lutarem e preservarem a vida em qualquer
condição, mesmo que a pessoa não queira.
E automaticamente coloca a sociedade em
dois grupos; os contra sua prática e a favoráveis.
Os favoráveis acreditam que a vida de
cada ser é decisão dele, e se uma pessoa sofre com uma doença e não há
perspectiva de cura cabe a ela aliviar ou não o sofrimento.
Os contrários cabeceados pelas religiões
acreditam que seria apenas legitimar o suicídio, com propósito de aliviar as
dores contrariado o dom da vida.
Alguns casos tomaram notoriedade como a
estadunidense Schiavo que sofreu, aos 27 anos de idade, um ataque cardíaco, que
resultou em falta de oxigenação do cérebro, e, como consequência, uma severa
lesão cerebral irreversível. O marido dela, Michael Schiavo, disse que ela não
queria ser mantida viva com o tubo de alimentação.
Em março de 2005, o tubo foi removido,
após longos testes que comprovaram não somente a ausência de consciência em
Terri Schiavo, mas também uma severa atrofia cerebral. O Congresso dos Estados
Unidos aprovou uma lei permitindo aos pais de Terri Schiavo abrir o caso no
tribunal federal. Após negações da Corte de Apelações em Atlanta, Geórgia, e da
Suprema Corte americana, os pais desistiram.
Terri Schiavo morreu em 31 de março de
2005, quatorze dias após a remoção do tubo de alimentação.
O STF julgou um caso polêmico de aborto
no país, o que permitem que as mães que assim quiserem possam realizem na rede
de saúde (SUS) o aborto de fetos anencéfalos, bebês que não nascem
com cérebros e nem os desenvolve. Ou seja, embora não seja o assunto fica a
deixa para uma reflexão não seria os mesmos princípios defendidos pelos
favoráveis a eutanásia, abreviar o sofrimento da vitima e família! Embora a
igreja e boa parte da sociedade contrária classifica essa lei como arbitraria e
cita inúmeros de exemplos de crianças que viveram vários anos, e suas vidas só
terminaram somente quando o Criador concedeu.
País laico como a Holanda já permite a
eutanásia, seria exemplo para o Brasil, que, constitucionalmente é laico.
É obvio que isso deverá ser mais
debatido com a sociedade e uma legislação deve ser apresentada.
Caso você queira ver sobre o assunto
sugiro o filme “Mar Adentro” ganhador do Oscar 2005 de melhor
filme estrangeiro, onde Ramón Sampedro (Javier Bardem) é um homem que luta para
ter o direito de pôr fim à sua própria vida. Na juventude ele sofreu um
acidente, que o deixou tetraplégico e preso a uma cama por 28 anos. Lúcido e
extremamente inteligente, Ramón decide lutar na justiça pelo direito de decidir
sobre sua própria vida, o que lhe gera problemas com a igreja, a sociedade e
até mesmo seus familiares.
Veja Thriller: